A descarbonização de locais como o Polo Petroquímico de Camaçari é um dos focos do governo da Bahia para os investimentos na produção de hidrogênio verde, sem se limitar às exportações e com um grande olhar para o abastecimento do mercado interno
Os projetos de hidrogênio verde na região baiana estão cada vez mais acelerados e, frente a essa nova realidade, o governo da Bahia afirmou, durante na última segunda-feira, (11/04), que seus investimentos na produção do recurso não serão exclusivamente para a exportação e o foco principal será o abastecimento do mercado interno para a descarbonização de diversos locais, como o Polo Petroquímico de Camaçari.
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Investimentos do governo da Bahia na produção de hidrogênio verde são a nova aposta do estado para expandir a utilização de energia renovável na região
O estado da Bahia possui uma grande reserva de recursos para a produção de hidrogênio verde, a nova aposta do mercado global para a descarbonização das indústrias, e agora pretende realizar fortes investimentos nesse segmento. Assim, o governo do estado tem o objetivo de fomentar o desenvolvimentos de projetos de produção de hidrogênio verde focados não somente na exportação para outros mercados internacionais, mas, principalmente para o abastecimento do mercado interno no estado.
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A principal aposta do governo estadual é no processo de descarbonização de diversos locais na região e, de início, a administração já está em negociações com o Polo Petroquímico de Camaçari para uma possível parceria visando o abastecimento da operação com esse recurso. Assim, o governo não só iria fomentar o desenvolvimento de uma indústria focada no hidrogênio verde, como também colaboraria para a redução da emissão de gás carbônico no estado e, consequentemente, para um futuro com mais sustentabilidade.
Dessa forma, o governo da Bahia lançou, em março deste ano, o Plano para a Economia do Hidrogênio Verde, com o objetivo de promover a produção e o uso do H2V e de impulsionar pesquisas científico-tecnológicas sobre o tema. Com isso, novas parcerias e negociações já estão sendo realizadas com diversas empresas do segmento energético que buscam focar no hidrogênio verde para o futuro da comercialização e abastecimento de energia no estado, como a Braskem e Basf, do Polo Petroquímico de Camaçari, e a Acelen, dona da Refinaria Mataripe (ex-RLAM).
Governo da Bahia não quer que o hidrogênio verde seja o novo “pau-brasil” e fará do recurso a nova aposta para o abastecimento do mercado interno
Um dos principais problemas em relação às novas alternativas de produção energética no Brasil é o foco do governo nacional em realizar operações de exportação para o mercado internacional, mas o governo da Bahia pretende alterar essa logística.
O estado não quer que o hidrogênio verde se torne um novo “pau-brasil”, ou seja, mais um recurso exclusivo para o mercado internacional e que se esvai com o tempo, mas sim quer aproveitar as reservas para focar no mercado interno e no abastecimento de estruturas estaduais para a descarbonização.
Assim, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Paulo Guimarães, comentou que “A política federal tem que ser de desenvolvimento do mercado nacional de hidrogênio verde. É isso que a Europa está fazendo. Nós precisamos fazer a mesma coisa, senão, novamente, vamos ficar exportando pau-brasil. O hidrogênio verde vai ser o novo pau-brasil. Não adianta ficar exportando energia, ficar exportando minério, ficar exportando grãos, e gerar emprego lá fora”.
Por fim, o secretário também ressaltou a importância do desenvolvimento local de tecnologias que integram a cadeia de produção de hidrogênio, como os eletrolisadores e afirmou que esse será mais um dos pontos discutidos dentro da cadeia produtiva de hidrogênio verde no estado ao longo dos próximos anos.
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