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Engie está estudando possível produção de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 27/01/2022 às 14:35
Atualizado em 14/10/2024 às 16:49
A Engie segue voltada para o setor das energias renováveis e estuda potencial de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco, além de continuar com seu projeto de hidrogênio verde no Ceará
A Engie segue voltada para o setor das energias renováveis e estuda potencial de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco, além de continuar com seu projeto de hidrogênio verde no Ceará. Fonte: Divulgação

A Engie segue voltada para o setor das energias renováveis e estuda potencial de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco, além de continuar com seu projeto de hidrogênio verde no Ceará

Durante esta última segunda-feira, (24/01), a multinacional Engie liberou o seu Plano Decenal de Energia, com algumas das iniciativas da empresa para os próximos anos. Entre elas, está o estudo do potencial de produção de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco. Além disso, o seu olhar para o setor das energias renováveis segue e ela irá continuar com seu projeto de hidrogênio verde no Ceará.

Veja também:

Produção de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco é o novo foco da Engie, que estudará as possibilidades para a iniciativa

O hidrogênio natural é uma das fontes de energias renováveis mais promissoras para o setor e é produzida diretamente da exploração do gás. Assim, a Engie estava de olho em estudos feitos entre as consultorias Georisk e Geo4u0, pesquisadores no Brasil e na França, que identificaram a presença de hidrogênio no solo e poços profundos da Bacia do São Francisco. Dessa forma, a companhia está agora com a iniciativa de voltar a sua atenção para essa possível produção de hidrogênio natural na região. 

A Engie já conta com diversas operações no Brasil, principalmente no estado de Minas Gerais, mas algumas pesquisas lideradas pela Engie desde 2018 apontam que o país pode ter um grande potencial de hidrogênio natural em pelo menos mais três estados, incluindo o Ceará, Roraima e Tocantins. Além disso, o Plano Decenal de Energia liberado pela empresa destaca que “quanto ao hidrogênio natural, anteriormente considerado marginal, senão inexistente, aparece cada vez mais como uma opção importante a ser explorada pelas empresas de energia no futuro próximo”.

Até agora, somente Mali, na África, conta com a produção de hidrogênio natural a partir da extração direta do gás, mas a empresa pretende trazer essa realidade também para o mercado brasileiro durante os próximos anos, caso realmente haja comprovação da existência da substância na Bacia de São Francisco. 

Projeto de energias renováveis voltados para o hidrogênio verde segue como o planejado no estado do Ceará 

Além da iniciativa de estudos relacionados à possível reserva de hidrogênio natural na Bacia de São Francisco, a companhia continua com seus esforços voltados para o setor das energias renováveis. Assim, a empresa já confirmou o interesse em produzir hidrogênio verde, a partir do processo de eletrólise da energia renovável, no Brasil, principalmente na região nordestina e no estado do Ceará, em razão do alto potencial de produção desse recurso que é reconhecido na região

Dessa forma, a Engie assinou no último ano um memorando de entendimento com o governo do estado do Ceará para estudar a produção de hidrogênio verde no Porto do Pecém. A empresa irá utilizar de parcerias com hubs e startups do local focados em exportação e energias renováveis para desenvolver uma produção sustentável e lucrativa no local. O primeiro passo da empresa inclui começar com 100 MW a 150 MW de capacidade instalada de eletrólise, em até cinco anos, aumentando os números até o ano de 2030, no qual a empresa quer chegar à marca de 4 GW de capacidade.

A companhia destaca que o hidrogênio verde e o hidrogênio natural são grandes aliados no processo de descarbonização do mercado global e que seguirá com os seus incentivos voltados para o segmento. O objetivo principal da empresa é contribuir para a redução na emissão desses gases poluentes e minimizar os impactos ambientais como o agravamento do efeito estufa.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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