Para focar no mercado de energia renovável, o BNDES afirmou que não financiará mais usinas a carvão
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que encerrará os financiamentos de fontes de energia que dependam do carvão mineral a partir deste mês de setembro. O banco deixará de investir nestas usinas para focar no incentivo às alternativas de energia renovável no país.
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Usinas de carvão mineral são responsáveis por 2% da energia nacional
O anúncio do BNDES aconteceu em meio à maior estiagem enfrentada pelo Brasil nos últimos 91 anos. Atualmente o país conta com 22 usinas térmicas a carvão mineral e nas últimas semanas, elas estão sendo mais utilizadas para que a demanda elétrica nacional seja suprida.
As usinas térmicas que utilizam o carvão mineral são responsáveis pela geração de 2% da energia que é produzida no Brasil. De acordo com Especialistas e pesquisadores, a modificação impactaria apenas as futuras usinas, que demorariam entre 4 a 6 anos para ficarem prontas.
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De acordo com Roberto Kishinami, especialista em energia do Instituto Clima e Sociedade, explicou que o setor tem se focado em investir mais em energia renovável, como a eólica, biomassa e solar. Além de não poluírem, as fontes são mais baratas, melhores para o meio ambiente e para os consumidores.
BNDES investiu cerca de R$ 4 bilhões de 2009 a 2018 nas usinas a carvão
De acordo com Bruno Aranha, diretor da instituição de Crédito Produtivo e Socioambiental, o banco decidiu deixar de apoiar as térmicas a carvão mineral desde o primeiro semestre deste ano. É um movimento já pensado há algum tempo, porém agora é definitivo. O diretor afirma que o BNDES já financiou cerca de R$ 4 bilhões no setor entre os anos de 2009 a 2018.
Segundo Aranha, as empresas que operam usinas térmicas podem se financiar no mercado brasileiro de crédito. O BNDES não é o único financiador desse tipo de projeto, porém o foco agora é na energia renovável. Embora o foco seja outro, o banco continuará apoiando projetos com base no gás natural.
De acordo com o diretor, esse é o esforço do BNDES para auxiliar o Brasil na migração para um maior uso da energia renovável. O banco busca uma transição inclusiva, tendo um olhar para o caráter social. Aranha também destacou que esse é um movimento natural da instituição, que está direcionando seus esforços para isso. Os debates sobre o assunto também foram pacíficos e todos estavam envolvidos na ideia.
BNDES instalará 10 usinas de energia eólica no Piauí e Pernambuco
Em julho o BNDS anunciou que apoiará a instalação de dez usinas de energia eólica no Piauí e Pernambuco, que além de gerar 409,20 MW ainda ofertarão mais de mil vagas de emprego nos estados. Além disso, as usinas ainda gerarão energia limpa suficiente para abastecer mais de 800 mil residências.
Os novos financiamentos do BNDES compõem os Complexos Eólicos Ventos do Piauí II e III, nos municípios de Betânia, Paulistana e Curral Novo, no Piauí e em Araripina e Ouricuri em Pernambuco. O valor do financiamento será de R$ 1,62 bilhão e a previsão é que as dez usinas de energia eólica entrem em operação já no próximo ano.
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