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Tarifa de energia da usina hidrelétrica Itaipu deve ser reduzida já em 2022, afirma o diretor geral brasileiro, General Ferreira

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 18/10/2021 às 13:36
Atualizado em 14/10/2024 às 16:49
energia hidrelétrica - itaipu - usina - foz
Usina hidrelétrica binacional Itaipu

O diretor-geral brasileiro da Itaipu participou de uma coletiva de imprensa na manhã de quinta-feira (14), para avaliar os seis primeiros meses de gestão.

General João Francisco Ferreira, diretor-geral brasileiro da Itaipu, reafirmou que a redução da tarifa da energia produzida pela binacional deve ocorrer já a partir de 2022, quando a dívida da construção estará praticamente sanada. Ele participou de uma coletiva de imprensa, na manhã de quinta-feira (14), no Hotel Golden Park International, em Foz do Iguaçu (PR). Durante o café da manhã com jornalistas, Ferreira fez um balanço de seus seis primeiros meses à frente da Diretoria Geral Brasileira da empresa.

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“Grande parte do preço de nossa energia contém os juros e as amortizações que pagamos ano a ano aos nossos credores e, em 2022, essa dívida vai praticamente desaparecer. Então, nós vamos vender uma energia elétrica muito mais barata que a atual para a Eletrobras e a Ande, nossos clientes no Brasil e no Paraguai, respectivamente, o que vai beneficiar os consumidores brasileiros e paraguaios”, afirmou o diretor-geral brasileiro. No entanto, ele ressalvou que a redução da tarifa de energia é uma decisão binacional.

Redução da tarifa não vai interferir na continuidade das obras estruturantes patrocinadas pela Itaipu

Segundo o general Ferreira, a eventual redução da tarifa não vai interferir na continuidade das obras estruturantes patrocinadas pela Itaipu na região de influência, uma vez que os recursos destinados a essas construções são provenientes dos custos de exploração, que permitem o funcionamento da usina hidrelétrica e os investimentos na região, e não dos custos da dívida. “Vamos continuar investindo em obras estruturantes e ambientais na nossa área de influência. É uma obrigação nossa”.

Ele destacou que as obras estruturantes, como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai (já 70% concluída), a Perimetral Leste, a modernização e ampliação da pista do Aeroporto Internacional de Foz, a duplicação da Rodovia das Cataratas, entre outras, vão levar Foz do Iguaçu e região a um novo patamar econômico e social. Somados, os investimentos chegam a R$ 2,5 bilhões, com a criação de cerca de 2.500 empregos.

Café da manhã

O café da manhã com jornalistas durou duas horas e reuniu quinze veículos de imprensa de Foz do Iguaçu e região. O objetivo do encontro foi atender ao princípio da publicidade, um dos que regem as boas práticas da administração pública, conforme preconiza o artigo 37 da Constituição Federal. Os outros princípios são: legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.

Após as boas-vindas, o diretor abriu para perguntas e respondeu sobre vários temas de interesse da comunidade local, como a realização do Natal de Foz, em parceria com a prefeitura e com o Destino Iguaçu; a reforma do Gramadão, que vai devolver à comunidade um espaço totalmente revitalizado; a construção de ciclovias; a desmobilização das casas da Vila A, entre outros. Também comentou sobre temas de interesse nacional, como a crise hídrica, e falou sobre o papel da Itaipu na proteção ambiental.

Desde 2019 o Brasil vem sofrendo com a crise hídrica

De acordo com ele, desde 2019 o país vem sofrendo com a crise hídrica, que se aprofundou em 2021, com a maior estiagem em 70 anos. “Isso impacta não apenas Itaipu, mas as demais hidrelétricas do País”, resumiu. O diretor explicou que a empresa tem feito a sua parte para ajudar o país a superar a crise hídrica, por meio de um aproveitamento melhor da água na produção de energia, sempre em conformidade com as orientações do Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), responsável por organizar o sistema interligado nacional.

Ferreira comentou ainda que o motivo por ter aceitado a missão de dirigir Itaipu foi saber que já havia sido feito um planejamento muito bem estruturado por seu antecessor, o general Joaquim Silva e Luna, atualmente à frente da Petrobras. “O que estamos fazendo, não fazemos sozinhos. Conto com o apoio de cinco diretores e de um corpo de empregados altamente dedicado à empresa, para que os projetos sejam implantados da melhor maneira possível.”

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Flavia Marinho

Engenheira de Produção pós graduada em Engenharia Elétrica e Automação. Experiente na indústria de construção naval onshore e offshore. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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