Estudo do iCS afirma que é possível trazer a energia solar e a energia eólica para a base energética do país, fazendo com que as hidroelétricas se tornem baterias e sejam poupadas antes das secas, deixando totalmente de lado as usinas termelétricas
A seca que afeta a maior parte do Brasil reduziu a capacidade de produção das hidroelétricas, obrigando o país a utilizar usinas termelétricas. Um estudo do Instituto Clima e Sociedade (iCS) defende que essa é uma chance do país aproveitar o bom momento global para as fontes sustentáveis como a energia solar e a energia eólica para utilizar as hidroelétricas apenas como baterias e aposentar o uso da usina termelétrica.
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Estudo do iCS explica como tornar a energia solar e a energia eólica a base energética
De acordo com o estudo é necessário estabelecer fomentos econômicos que permitam às hidroelétricas manterem os níveis dos reservatórios, eliminando os subsídios que atualmente favorecem as usinas termelétricas e abrir espaço para que a energia solar e energia eólica assumam o sistema.
Segundo a consultora do Portfólio de Energia do iCS, Amanda Ohara, só poderemos deixar de lado a usina termelétrica quando houver uma mudança e é preciso que ela seja rápida. A engenheira também alerta sobre as pressões setoriais que põem em risco o planejamento energético do país em um momento tão crítico da história.
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Hidroelétricas são a base do sistema, mas a energia eólica e energia solar podem assumir o controle
De acordo com Ohara, as hidroelétricas são remuneradas apelas pela geração, mas não por outros serviços, como armazenamento, que é importante para usos múltiplos da água como a irrigação e abastecimento.
De acordo com a consultora do iCS, se as hidroelétricas fossem remuneradas pelo volume de água nas represas, elas passariam a ter o papel emergencial que é desenvolvido pelas usinas termelétricas atualmente. As hidroelétricas reversíveis, que possuem reservatórios em diferentes níveis, também podem funcionar como baterias adicionais e com um preço acessível.
Com mais energia solar, energia eólica e os reservatórios como baterias, seria descartado o uso de usinas termelétricas e poderíamos poupar ainda mais as represas antes do período seco e baixar os preços na conta de luz.
Benefícios da integração de energias renováveis no setor elétrico brasileiro
De acordo com o estudo do iCS, o Brasil só tem a ganhar com a integração de mais renováveis, como a energia eólica e a solar em sua matriz energética, deixando as hidroelétricas apenas como baterias. O país poderá, por exemplo, recuperar sua siderurgia que há anos possui dificuldade em competir no mercado internacional. Com a expansão das renováveis é possível reestabelecer o segmento para o fornecimento de aço verde.
Pelo potencial do país em fontes renováveis, o BloombergNEF (BNEF) aponta o Brasil como o local onde se pode produzir hidrogênio verde com um preço mais acessível do mundo até meados de 2050. O estudo também ressalta que o país criou limitações para a instalação de projetos de energia eólica e solar. O fato ocorreu no início de maio, quando a Aneel afirmou que não receberá novos pedidos até março do próximo ano.
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