Na última semana, ocorreu em Lisboa a Conferência dos Oceanos, organizada pelas Nações Unidas. Neste sentido, o debate promoveu uma discussão sobre a Economia Azul e as preocupações globais acerca do futuro ambiental dos ecossistemas, especialmente devido à crise climática da última década.
Neste sentido, as discussões sobre a construção de oportunidades econômicas e sustentável dos oceanos ganhou fôlego, pois a possibilidade de proteger o planeta de uma crise energética está em pauta. Para tal, o Ceará ganhou destaque nos últimos anos.
Basicamente, o Ceará possui um território marítimo sete vezes superior ao terrestre, o que torna os seus mares valiosos e uma ótima alternativa para gerar riqueza e empregos por meio da sua costa – tudo isso sem perder de vista a preservação desses incríveis ecossistemas.
Dessa forma, Rômulo Alexandre, cofundador e participante do Instituto Winds for Future, apontou que o atlas costeiro e marinho do Ceará oferece uma ação medular para as estratégias do Estado. Segundo ele, o documento mapeia diversos aspectos do mar do Ceará, entre elas unidades de conservação, parques eólicos e áreas com petróleo.
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Neste sentido, o instituído ainda está conduzindo, em colaboração com a Prefeitura de Caucaia, o processo de obtenção da Certificação Bandeira Azul para a praia de Cumbuco, que corre o risco de ser a primeira do estado a ganhar o selo. Basicamente, para receber a certificação, é necessário cumprir uma lista com 34 requisitos obrigatórios, o que pode consolidar o destino como um modelo para boas práticas ambientais.
A Economia Azul é o futuro do planeta
Segundo Célio Fernando, secretário executivo de Regionalização e Modernização do Estado do Ceará, a economia offshore é uma nova fronteira. Segundo ele, o turismo do estado precisa organizar os cenários, especialmente porque o Ceará se prepara para receber grandes investimentos em energia eólica offshore em alto-mar.
Atualmente, além das expectativas sobre as usinas eólicas no mar que devem ocorrer nos próximos anos, também há uma grande variedade de oportunidades na economia do mar, o que inclui cabos transoceânicos, a diversificação da pesca e a dessalinização.
Segundo ele, a economia azul e as mudanças climáticas andam juntos. Por isso, é necessário pensar no tema de forma conjunta, especialmente porque o planeta está focado na proteção e preservação dos oceanos. Por fim, a Conferência encerrou-se com 700 compromissos entre os 150 países participantes.
O que é Economia Azul?
Conhecida como economia do mar, a economia azul refere-se ao conjunto de valores e ganhos proporcionados pelos recursos mais abundantes da terra: a água. De modo geral, 97% desta recursos são oceanos, sendo que apenas 20% de toda essa água foi explorada até o momento. Por isso, ainda há um longo caminho a ser desbravado, preferencialmente abraçado à responsabilidade socioambiental.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia azul pode movimentar cerca de US$3 trilhões ao ano a partir de 2030. Isso porque o potencial dos oceanos para gerar riquezas e desenvolvimento possui medidas gigantescas.
Entretanto, é necessário explorar tais recursos com extrema responsabilidade socioambiental, especialmente porque a poluição oceânica e outras intempéries ao ecossistema marinho ameaçam a sobrevivência do planeta, dentro ou fora d’água.
Embora as comunidades costeiras sejam as primeiras a sofrer com as atividades exploradoras invadidas, elas não estão sozinhas quanto às consequências da poluição desses recursos. Basicamente, a poluição e a baixa oferta de alimento, somados ao aumento do nível do mar, inflamam as mudanças climáticas e afetam o planeta como um todo, daí a economia azul é uma forma de utilizar desses recursos de forma equilibrada.
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Neste sentido, desequilíbrios ambientais oceânicos podem trazer graves prejuízos ambientais. Isso porque essas consequências diminuem a capacidade marinha de capturar gases de efeito estufa da atmosfera, o que causa um aumento de temperatura média global.
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