Conforme um relatório da Global Wind Energy Council (Gwec), novas instalações adicionaram 21,1 gigawatts (GW) de energia eólica offshore, pelo mar, na economia global. Os dados apresentam um recorde na indústria, e o Brasil não está muito atrás de participar desse meio.
Neste sentido, cerca de 80% do adicional partiu da China, que continua sendo o líder global do setor. Embora não haja instalações no tipo na América Latina, a localidade tem muito potencial para desbravar esse mercado, especialmente devido às condições climáticas do Brasil. O país tem uma indústria de energia eólica offshore terrestre bem desenvolvida, o que é um grande passo para a regulamentação a offshore.
Dessa forma, a presidente da Abeeólica, a associação brasileira de energia eólica, Elbia Gannoum, foi remanejada para o cargo de vice-presidente da Gwec, que possui um interesse da indústria pelo potencial da América Latina sendo um fator fundamental para a sua nomeação, em uma declaração feita pela própria.
Sendo assim, em um cenário onde a energia eólica offshore cresce rapidamente em todo o planeta, independente de onde está, sempre contribuindo para a transição energética global, segundo Gannoum o maior recente desafio da indústria é garantir que essa expansão acontece de forma sustentável, não somente para o clima, mas para todas as regiões onde os parques serão instalados.
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Durante Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que ocorreu em Lisboa, no último dia 1º de julho, um levantamento realizado pelo Global Wind Energy Council (GWEC) reiterou que o Brasil está se posicionando como um promissor mercado eólico offshore onde, inclusive, possui força e oportunidade para uma possível liderança regional ou global.
Entretanto, o relatório ainda considera improvável que isso ocorra antes do fim da década. Sendo assim, entre 2021 e 2021, ele define que o maior crescimento das offshore fora da Europa, que é líder do mercado, será na Ásia, principalmente em Taiwan e China. Paralelamente, foi apontado que a contribuição da América do Norte, especialmente dos Estados Unidos, deverá ser fortalecida a partir de 2025.
Estudo sobre o Potencial de Energia Eólica Offshore no Brasil
Energia Eólica Offshore pode reduzir desigualdades no Brasil
Em relação ao Brasil, o CWEC acredita que a energia eólica offshore poderá reduzir a diferença de renda social existente no país, oferecendo à população empregos de maior rendimento médio, extremamente superior ao de outras tecnologias de energia renovável. Para isso, o relatório aponta três desafios para o Brasil.
Primeiramente, temos o desafio relacionado a infraestrutura, industrial e portuária, como as linhas de transmissão, Posteriormente, é a importância de considerar a menor competitividade dos offshore no mercado brasileiro, sempre que comparadas a outras renováveis mais conservadoras, como eólicas e solar onshore.
Por fim, a recomendação da GWEC para o Brasil é que é fundamental que o setor eólico offshore seja interpretado sob o conceito de um planejamento industrial sempre integrado ao planejamento energético. Sendo isso, permitiria uma maior expansão de mercado devido a sua capacidade de fornecimento de outras energias renováveis, como o hidrogênio verde.
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ONU pretende aumentar a resiliência climática
No ato final da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, um documento assinado por mais de 150 países membros da ONU, decidiu alguns compromissos entre eles, tais como aumentar resiliência climática, ou aumentar o uso de energias renováveis e tecnologias baseadas nos oceanos.
O encontro foi o segundo de uma série de discussões este ano, que traz o oceano como o tema central, onde já incluiu o The One Ocean Summit, realizado na França, em fevereiro, e contará com o COP 27, prevista para novembro, no Egito.
No documento, os chefes de estado e governo afirmaram estar seriamente alarmados com a emergência global enfrentada pelos oceanos, o que inclui o aumento do nível do mar, o aquecimento, a erosão costeira e a acidificação dos oceanos.
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