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Leilão de energia conta com energias renováveis em 95% dos projetos apresentados

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 15/02/2022 às 14:27
Atualizado em 14/10/2024 às 16:49
O leilão de energia que será realizado pelo Ministério de Minas e Energia conta com 95% dos projetos sendo de energias renováveis, como a energia solar e a eólica
O leilão de energia que será realizado pelo Ministério de Minas e Energia conta com 95% dos projetos sendo de energias renováveis, como a energia solar e a eólica. Fonte: Pixabay

O leilão de energia que será realizado pelo Ministério de Minas e Energia conta com 95% dos projetos sendo de energias renováveis, como a energia solar e a eólica

Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nesta última segunda-feira, (14/02), o leilão de energia que acontecerá em maio deste ano e será comandado pelo Ministério de Minas e Energia conta com 95% de participação de energias renováveis. Assim, 95% dos projetos apresentados são de energia solar ou eólica, visando aproveitar o grande potencial de produção que o país possui para essas fontes.

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95% dos projetos do leilão de energia do Ministério de Minas e Energia são de fontes renováveis como a eólica e a solar 

O Ministério de Minas e Energia irá realizar o Leilão de Energia Nova A-4 (LEN) durante o mês de maio deste ano, com o intuito de buscar projetos que daqui a quatro anos irão integrar o parque do setor elétrico nacional. Assim, os dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que 95% dos projetos cadastrados são de energias renováveis, como a energia solar e a eólica. Segundo os estudos realizados, dos 75.250 MW que foram cadastrados, 73.256 MW são dessas fontes.

Além disso, a EPE também divulgou que o leilão de energia do Ministério de Minas e Energia bateu recorde neste ano de 2022 em relação à quantidade cadastrada para o evento. Dentre esses números, o Nordeste apresenta os maiores quantitativos de projetos e potência cadastrados para o Leilão, com cerca de 70% do total, predominando as energias solar e eólica. Já as  termelétricas se situam principalmente nos estados do Centro-Oeste e Sudeste, mas representam apenas 1,3% da potência oferecida, enquanto os projetos hidrelétricos são maioria nas regiões Sul e Centro-Oeste.

O Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS) afirmou que espera um grande crescimento dessas energias após o leilão e que a produção de energia eólica passe de 11,8% do sistema para 13,7%, enquanto a energia solar deve representar 4,9%, frente aos 2,6% que ocupa atualmente. Com isso, o Governo Federal conseguirá atrair novos investimentos e olhares para o segmento dentro do mercado nacional e expandi-lo ainda mais no território brasileiro. 

Energia solar e eólica ainda são predominantes no mercado brasileiro devido ao baixo custo em relação às outras fontes renováveis 

O Brasil é um país que possui um alto potencial para a geração de energias renováveis, principalmente a energia solar e a eólica, em razão da posição geográfica favorável aos ventos e à iluminação constante. Assim, elas ainda são as mais utilizadas dentro do território nacional, também pelo fato de que os custos podem ser bem mais baratos em relação a outros tipos de energia renovável. Com isso, o brasileiro tende a estar cada vez mais interessado na produção dessas duas fontes de energia a longo prazo. 

Dessa forma, o professor do Instituto Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), Mauricio Tolmasquin, comentou sobre essa tendência no Brasil e destacou que “Tanto um investidor de grande porte, como um investidor menor podem propor. Além disso, essas fontes geralmente têm um licenciamento ambiental mais fácil do que as térmicas e hídricas, e os preços têm sido muito competitivos. Como estão ficando mais baratas nos últimos leilões, atraem muito interesse”.

Uma comprovação desses preços é que os dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR) mostram que, de 2013 a 2019, o preço dessa fonte em leilões de energia passou de R$ 103,00 para R$ 17,62, atraindo bem mais o brasileiro e tornando mais acessível esse tipo de produção.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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