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Petrobras não pretende investir na produção de energias renováveis nos próximos anos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 23/11/2021 às 01:48
Atualizado em 14/10/2024 às 16:49
A estatal brasileira Petrobras anunciou que a produção de energias renováveis está fora do plano de investimentos que a empresa fará nos próximos anos
A estatal brasileira Petrobras anunciou que a produção de energias renováveis está fora do plano de investimentos que a empresa fará nos próximos anos. Fonte: Reprodução

A estatal brasileira Petrobras anunciou recentemente que a produção de energias renováveis está fora do plano de investimentos que a empresa fará nos próximos anos

Até essa última segunda-feira (22/11), as fontes de energias renováveis é o alvo de milhares de empresas. No entanto, alguns representantes da Petrobras comentaram sobre essa questão, cada vez mais presente no cenário nacional, mas afirmaram que a estatal irá deixar essa iniciativa de fora dos investimentos futuros da empresa. A decisão vai em contramão com o que as grandes companhias energéticas atuais estão fazendo atualmente e está sendo bastante questionada por especialistas.

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Investimentos futuros da Petrobras não incluem produção de energias renováveis, mesmo em momento crítico para o meio ambiente

A preocupação em relação aos impactos ambientais causados pela produção energética através de recursos não renováveis está cada vez mais presente no cenário mundial. Entretanto, a Petrobrás, gigante no setor energético, afirmou que a produção de energias renováveis não é a intenção da empresa no momento e que a estatal deixará esse assunto de fora dos investimentos que serão realizados nos próximos anos. 

O gerente executivo de Estratégia da Petrobras, Rafael Chaves, comentou acerca da decisão de deixar a produção de energias renováveis fora dos investimentos futuros e destacou que é uma decisão que poderá ser pensada novamente depois. O executivo afirmou que “Certamente, vamos trazer evolução nesse olhar para a sustentabilidade nesse plano, mas não vai ter mudança radical” e complementou dizendo que “a gente não pode ignorar: o Brasil tem o pré-sal, que é um ativo maravilhoso, gera emprego, renda, tributos e retorno para a sociedade.”

A decisão da Petrobras vai em contramão com o movimento atual das grandes companhias, que estão cada vez mais conscientes em relação aos impactos ambientais das indústrias petrolíferas. A grande justificativa da estatal é a produção do pré-sal, que é menos agressiva ao meio ambiente, apesar de ainda não ser uma alternativa viável para reduzir os impactos ambientais, tal qual a produção de energias renováveis.

Especialistas questionam decisão da Petrobras em um cenário crítico quanto às mudanças climáticas

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) aconteceu recentemente e foi essencial para a discussão acerca da importância das energias renováveis no cenário atual. Entretanto, mesmo com os questionamentos dos especialistas e o posicionamento contrário à decisão da empresa, a Petrobras se mantém firme em relação aos seus futuros investimentos e continua deixando a produção renovável de energias nas questões da estatal. 

Roberto Kishinami, coordenador do ICS (Instituto Clima e Sociedade), comentou acerca da decisão da estatal e afirmou que “a COP26 deu um sinal muito claro para a indústria. Pela primeira vez, a resolução final da conferência trouxe uma referência explícita a combustíveis fósseis”. O executivo ainda destacou que “Até a próxima COP teremos vários grupos técnicos trabalhando para fazer um levantamento de quais são os subsídios e de como podem ser eliminados. É um parafuso que só vai apertar cada vez mais”.

Já Ilan Arbetman, analista que acompanha a estatal na Ativa Corretora, também comentou sobre o que a Petrobras vem fazendo em relação às mudanças climáticas e impactos ambientais e afirmou que “o investimento [ambiental] da Petrobras é muito tímido, especialmente frente ao que os pares vêm fazendo e não há dúvidas que existe um preço nisso”.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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