Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro conta com nove projetos eólicos offshore em análise pelo Ibama, regular ambiental federal brasileiro. Ao todo, os projetos somam 28 GW de capacidade instalada, com investimentos avaliados em R$85 bilhões, cerca de US$16,6 bilhões;
Os dados foram fornecidos por Daniel Lamassa, Subsecretário Estadual de Petróleo, Gás e Energia, durante o webinar sobre energia renovável que ocorreu na última sexta-feira, 26, no Instituto Nêmesis. Em nota, ela afirma que os projetos eólicos offshore do Rio de Janeiro estão sobrepostos, portanto, não saem do planejamento. Além disso, ele destacou potenciais sinergias entre energia eólica offshore, fertilizantes e hidrogênio verde. Hoje, o Brasil possui cerca de 170 GW de empreendimentos eólicos offshore em avaliação pelo Ibama, porém, o país ainda carece de um marco regulatório, que ainda está sendo discutido pelo Congresso Nacional.
Neste sentido, Sandro Yamamoto, diretor técnico da associação de energia eólica Abeeólica, afirmou que o Rio de Janeiro possui vantagens importantes em projetos eólicos offshore devido a sua proximidade com grandes mercados de consumo de energia no país. Segundo ele, existem épocas do ano em que a diferença de preço entre o Rio de Janeiro e os estados do Nordeste ultrapassam 80 reais/MHh, devido à distância do centro de carga.
Entre as empresas interessadas nos projetos eólicos offshore no Rio de Janeiro, temos a Equinos, Neoenergia Renováveis, Ventos do Atlântico, Prumo Logística, Bosford Participações, Bluefloat Energy do Brasil, TotalEnergies e Shell.
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Durante o webinar, as autoridades do Rio de Janeiro assinaram um MOU com a Ocean Winds, uma empresa espanhola, para realizar estudos e viabilizar a implantação de uma usina eólica offshore no estado.
Dessa forma, Mauro Andrade, Diretor de desenvolvimento de negócios da Prumo Logística, além de responsável pelo Porto do Açu, afirmou que os primeiros parques eólicos offshore do Brasil serão construídos no Rio de Janeiro, especialmente devido à proximidade dos principais centros de carga da energia. Para finalizar, ele afirmou que temos a necessidade de trazer a cadeia de valor para o Porto de Açu, com fabricantes de turbinas, pás, entre outros. Neste sentido, será possível reduzir custos logísticos para aumentar a competitividade dos projetos.
Projetos eólicos offshore do Brasil chegam a 170 GW
Atualmente, os projetos eólicos offshore, em fase de análise ambiental, possuem cerca de 170 GW, um grande salto comparado aos 136 GW registados na última atualização, em abril. Os dados foram divulgados pelo Ibama, o órgão regulador ambiental no Brasil. Sendo assim, o governo federal publicou um decreto que define regras para o uso de espaços físicos, além dos recursos naturais, para gerar energia eólica em águas interiores, no mar territorial, na plataforma continental, além da zona econômica exclusiva.
Hoje, um projeto de lei para aperfeiçoar o decreto, sendo de autoria do senador Jean Paul Prattes, está sendo analisado pelo Congresso Nacional. Neste sentido, a Aneel ainda precisa criar regulamentações para a geração e comercialização de energia offshore antes da realização do primeiro leilão de áreas destinadas para esse tipo de produção.
Confira alguns projetos eólicos offshore enviados ao Ibama
No último ano, diversos projetos eólicos offshore foram enviados ao Ibama para análise do órgão. Confira alguns deles:
- H2GPCEA, pertencente a H2 Green Power, (3 GW);
- Asa Branca II, pertencente a Eólica Brasil (1.08 GW);
- Asa Branca III, pertencente a Eólica Brasil (4.32 GW);
- Asa Branca IV, pertencente a Eólica Brasil (4.32 GW);
- Ventos dos Bandeirantes, pertencente a Kaanda R. M. Cunha (2.75 GW);
- Araras Geração Eólica Offshore, pertencente a Shizen Energia do Brasil (3 GW);
- Tatajuba Geração Eólica Offshore, pertencente a Shizen Energia do Brasil (3 GW);
- Ventos do Delta, pertencente a Kaanda R. M. Cunha, (2.64 GW);
- Farol de Mostardas Geração Eólica Offshore, pertencente a Shizen Energia do Brasil, (3 GW).
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