A exploração da energia eólica sobre mar ou lagos, conhecida como offshore, é uma das formas de conseguir geração energética é uma das melhores maneiras do mundo, principalmente quando falamos da substituição dos combustíveis fósseis.
Geralmente, os valores para implementação desse tipo de usina ainda é mais que o dobro do que os relativos terrestre, porém, com o tempo essa diferença está sendo reduzida. Prova disso é que muitas empresas já priorizam esse tipo de eletricidade, por meio da energia eólica, por ser mais fortes e possuem menor disputa por espaço.
Daniela Cardeal, diretora de Operações e Sustentabilidade do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis da Sindienergia-RS, afirma que muitas empresas européias já foram para o alto-mar, devido à quantidade de espaço. Além disso, ela afirmou que o uso da energia eólica vai crescer no Brasil, e que os estados com melhores recursos logísticos saíram na frente.
Energia eólica está sendo impulsionada no RS
Embora não haja nenhum empreendimento do tipo no Brasil, o Rio Grande do Sul já aposta nesse tipo de transição energética. Isso porque a região conta com ventos fortes sobre o mar, gerando um potencial de energia de 80 gigawatts. Isso representa quase quatro vezes mais do que toda a capacidade instalada em parques eólicos terrestres no país. Além disso, outras razões explicam o interesse do setor privado, como a estrutura no porto de Rio Grande e a qualificação da mão de obra.
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Conforme Elbia Gannoum, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), somente o vento não é suficiente para garantir esse tipo de empreendimento. Ela diz que projetos offshore envolvem grande complexidade, como uma boa infraestrutura de portos e capacidade de transmissão.
Atualmente, o estado já utiliza a exploração da energia eólica e tem 8,8 gigawatts para transmitir eletricidade, obtida por aplicações que somam R$6,5 bilhões. Entretanto, já se fazem necessários outros investimentos, pois somente a capacidade dos projetos existentes somam 15,5 gigawatts terrestres e outros 44,7 gigawatts no mar.
Para isso, é necessário que leilões organizados pelo governo federal, feitos a partir de demandas com representantes do estado, garanta novas ampliações. Afinal, é por meio destes leilões que as empresas privadas assumem os custos e a construção de novas linhas.
Marjorie Kauffmann, Secretário Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, afirma que o estado, junto à Agência Nacional de Energia Elétrica e o Ministério de Minas e Energia, têm organizado suas ações para ampliação da malha. Ela também acredita que o estado tenha tempo o suficiente para aumentar as suas redes, desde que os projetos atuais virem realidade.
Em suma, a energia eólica é uma fonte limpa de energia, entretanto, ainda há críticas de ambientalistas. Algumas entidades como a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) exigem regras claras e fiscalização constante nos empreendimentos.
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Primeiros projetos do RS devem ser concluídos em 2030
Atualmente, diversos especialistas e gestores públicos acreditam que até 2030 as primeiras eólicas offshore do RS poderão transformar ventos fortes em eletricidade. Caso os investimentos realizados se confirmem, é esperado que o Rio Grande do Sul saia na frente, e tenha um excelente salto econômico nos próximos anos.
Para isso, o Ibama já apontou o que deve ser apresentado nos estudos ambientais do estado. Entretanto, ainda não foi definido como será a questão da cessão de uso da área marítima. Dessa forma, essa concessão cabe ao Ministério de Minas e Energia. Por fim, um projeto que tramita no Congresso estabelece regras diferentes para esse tipo de atividade, mas, caso não se concretize, é possível que o estado saia na frente na empreitada.
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