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Com diversos recordes, usinas de energia eólica tem amenizado crise hídrica em que vive o país

Escrito por Roberta Santiago
Publicado em 16/08/2021 às 15:59
Atualizado em 14/10/2024 às 16:50
Energia – eólica – solar
Usina de energia eólica/ Fonte: Ecoa

Com a falta água nos reservatórios das hidrelétricas, a produção de energia eólica avança e deve responder por uma média de 20% do abastecimento elétrico no país

A geração de energia através dos ventos pode ser um grande caminho para que o Brasil atravesse uma das estiagens mais severas da história, sem que falte energia elétrica nas casas da população. Entre junho e novembro, uma média de 20% do abastecimento elétrico nacional será suprido com a geração eólica. Esse volume recorde de geração é resultado da “safra dos ventos”, como é conhecido este período do ano, quando as rajadas se tornam mais constantes e fortes, em contraposição à redução das chuvas que afeta boa parte do país. Confira ainda esta notícia: Após investir mais de R$ 6 bilhões em empreendimentos, Pernambuco ganhará sete parques de energia eólica e solar até 2023

Recentemente, a região Nordeste bateu o recorde na geração de eletricidade, através das fontes eólicas e solar

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no dia 19 de julho, a geração solar instantânea (pico) alcançou 2.211 MW, às 12h14, montante suficiente para atender a 20% da demanda do Subsistema do Nordeste naquele momento. O último recorde do tipo foi registrado no dia 28 de junho. Além da solar, a geração de energia eólica na região também atingiu o terceiro recorde de geração média do mês ocorreu no dia 21 de julho, quando o ONS identificou a marca inédita de 11.094MW médios, valor capaz de atender quase 100% da demanda da região Nordeste no dia.

Domingos Romeu Andreatta, secretário Adjunto de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, diz que em 2021, já entraram em operação mais de 3.400 MW provenientes das mais diversas fontes, como de energia solar correspondendo a 48% dessa expansão. Atualmente, 85% da nossa matriz elétrica é limpa e renovável, diz Domingos.

Ele ressalta que somos um exemplo para o mundo e estamos trabalhando para elevar esse percentual e diversificar ainda mais as nossas fontes de energia. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a energia eólica hoje representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim do ano atingindo 11,2%. Já a energia solar representa 1,9% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,6% até o fim de 2021.

Diante de crise hídrica, investimentos em fontes de energia renovável, poderão amenizar possível deficiência energética

Charles Lenzi, presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, destaca que essa conjuntura de utilizar fontes renovável deve impulsionar a discussão sobre a importância de investirmos em nova geração hidrelétrica, inclusive considerando projetos com ampla capacidade de reservatórios. Se o país pretende preservar uma matriz limpa e renovável, é fundamental que se volte a considerar a plurianualidade dos reservatórios como premissa para assegurar tarifas mais acessíveis (modicidade tarifária), segurança e confiabilidade na geração de energia elétrica, diz Charles.

O presidente da Abragel, ainda diz que no caso das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), o potencial existente é da ordem de 25 mil megawatts (MW). Atualmente, existem mais de 9 mil MW em projetos já desenvolvidos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São aproximadamente 600 empreendimentos que, juntos, possibilitariam um volume de investimentos na área de R$ 75 bilhões, concluí.

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Roberta Santiago

Engenheira de Petróleo, pós-graduanda em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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