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Sindalcool-PB destaca o potencial de produção de energia renovável através da biomassa na Paraíba

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em novembro 3, 2021 às 12:11 am
Sindalcool ressalta potencial do estado da Paraíba para a produção de uma energia renovável e sustentável com o uso das usinas de biomassa
Sindalcool ressalta potencial do estado da Paraíba para a produção de uma energia renovável e sustentável com o uso das usinas de biomassa. Fonte: Reprodução

O Sindacool-PB ressaltou, recentemente, o grande potencial que o estado da Paraíba possui para a produção de uma energia renovável e sustentável com o uso das usinas de biomassa

Durante esta última segunda-feira, (01/11), o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool na Paraíba (Sindalcool-PB) comentou acerca do alto potencial que a Paraíba dispõe para se tornar um dos estados com maior produtividade em energia renovável com a utilização das usinas de biomassa derivada da cana-de-açúcar, além de minimizar a emissão de poluentes na atmosfera com isso.

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Estado da Paraíba pode se tornar destaque nacional com o aproveitamento da biomassa

Em relação à produção de energia renovável e voltada para um futuro mais sustentável, a Paraíba é um dos estados com maior produtividade, em razão da sua alta capacidade para a produção de energia através da biomassa derivada da cana-de-açúcar. As usinas de biomassa do estado conseguem ter uma produtividade de bioenergia com 102 megawatt de capacidade instalada, o que é altamente satisfatório para suprir a necessidade das próprias usinas e nutrir diversas residências com o excedente, mas essa capacidade pode ser aumentada. 

O presidente do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa, comentou sobre o potencial de produção que o estado pode ter e afirmou que “a capacidade deve aumentar em 25% até 2030. A geração de energia elétrica com biomassa de cana na Paraíba é de 53,2 MWh. Esta geração equivale a 10% do consumo. O aproveitamento do bagaço e da palha da cana evita a emissão de gases de efeito estufa comuns na geração a óleo diesel, gás natural e carvão. Este tipo de geração de energia também compensa a geração de fontes intermitentes, como as fontes solar fotovoltaica e a cinética dos ventos. Acelerar a transição energética para fontes de baixo carbono é prioridade no mundo. Diante dos efeitos das mudanças climáticas, os estados e municípios precisam ter políticas públicas para que essa transição venha ocorrer”.

A Paraíba é um destaque na produção de cana-de-açúcar e isso torna o estado capaz de se tornar um grande fornecedor de energia renovável e limpa para o país inteiro, basta apenas os investimentos necessários e um maior destaque para as usinas da região. Assim, a biomassa poderá ser ainda mais aproveitada e utilizada pelo Brasil na produção de energia verde. 

Produção de biomassa necessita de mais destaque e investimentos no estado

É inegável o potencial de produção que o estado da Paraíba dispõe em relação a uma energia renovável e limpa com a utilização da biomassa, entretanto, o setor sucroenergético ainda é muito negligenciado no cenário brasileiro atual, necessitando de uma atenção maior e mais investimentos para que ele consiga se tornar uma matriz energética mais utilizada no país, uma vez que a produção da base para os combustíveis, como a cana-de-açúcar, é facilmente encontrada pelo país. 

O presidente do Sindalcool-PB comentou acerca dos desafios para a produção de biomassa e destacou que “Essa é uma fonte de energia que gera empregos e renda. Temos um excelente potencial para crescer, mas é necessário investimento no aperfeiçoamento do processo e, por isso, a nossa parceria com o Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB já vem de algum tempo. Existe uma patente que estamos desenvolvendo para melhoria do uso de vapor para a geração de energia de biomassa. Essa é uma das nossas apostas, pois é uma tecnologia desenvolvida aqui na Paraíba e que já recebeu prêmios nacionais”.

Assim, o executivo do Sindalcool-PB acredita que o setor da biomassa e o estado da Paraíba não têm sido reconhecidos como deveriam no cenário da produção de energia renovável no país e necessita de apenas uma atenção maior para que se tornem gigantes em um futuro não tão distante para reduzir os impactos ambientais.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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